quarta-feira, 18 de agosto de 2010

DENIS GAVAZZI: VIDA DE GADO

DENIS GAVAZZI: VIDA DE GADO: "Vocês que fazem parte dessa massa,Que passa nos projetos, do futuroÉ duro tanto ter que caminharE dar muito mais, do que receber.E ter que d..."

VIDA DE GADO

Vocês que fazem parte dessa massa,
Que passa nos projetos, do futuro
É duro tanto ter que caminhar
E dar muito mais, do que receber.
E ter que demonstrar, sua coragem
A margem do que possa aparecer.
E ver que toda essa, engrenagem
Já sente a ferrugem, lhe comer.
Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado,
ê Povo feliz
Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado,
ê Povo feliz

O trecho acima é da bela canção de Zé Ramalho, Vida de Gado.

Aliás, tentei colocar o som aqui para que todos conseguissem ouvir, mas não aprendi ainda como incluir um áudio neste blog.

Hoje de manhã meu carro estava impedido de circular pelas ruas de São Paulo por conta do rodízio de veículos. Como estou meio atolado em pontos (mais uma vez) tenho que tomar cuidado com os muitos radares que a CET ou a prefeitura decoraram a cidade.

Nos últimos tempos o trânsito de São Paulo tem piorado significativamente e tem sido muito difícil alcançar o destino no tempo que se imagina e, quem é obrigado a encarar uma Radial-Leste todos os dias, tem ficado com o saco bem cheio. É o meu caso.

Por conta do rodízio e do estacionamento a céu aberto que se tornaram as avenidas, tenho deixado meu carro na rua ao lado do metrô Carrão. Usar o trem é mais rápido, sem dúvida nenhuma.

O problema é usar o coletivo em horário de pico. Hoje entrei na estação às 8h da manhã e foi um parto chegar no Sumaré. A cada estação, a cada lote de gente que tentava entrar no vagão, um suplício, um matadouro.

São raras as estações com trabalho bem feito de embarque. No Paraíso, é legal ver a separação feita para os passageiros que tem o direito a cuidados especiais, como grávidas, senhoras e senhores e portadores de deficiência. Na foto abaixo é possível ver um bolo de gente à esquerda e tranquilidade à direita.



Mas o que se vê normalmente é a vida de gado do paulistano quando as portas do trem abrem. Uma avalanche desliza na horizontal e não é preciso fazer força, você será levado para dentro do vagão, tendo ou não espaço interno.

E o que mais me espanta é a tranquilidade e o bom humor como o brasileiro trata este momento de tamanho desrespeito com o cidadão.
A imagem da propaganda eleitoral está maravilhosa, parece que tudo é feito em HD.
A imagem da realidade ainda está preto e branco.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Simulação

Ontem o Juca Kfouri publicou em seu blog qual é o campeonato brasileiro que a Globo quer. Então, segue ai uma simulação, claro que com base na classificação atual e o mata-mata do jeito que era antes dos pontos corridos, ou seja: 1º x 8º, 2º x 7º, 3º x 6º e 4º x 5º.

1 PALMEIRAS
2 SÃO PAULO
3 INTERNACIONAL
(estes classificados diretos para a libertadores)

4 ATLÉTICO-MG
5 GOIÁS
6 FLAMENGO
7 CRUZEIRO
8 CORINTHIANS

SIMULAÇÃO MATA-MATA

PALMEIRAS X CORINTHIANS
SÃO PAULO X CRUZEIRO
INTER X FLAMENGO
ATLÉTICO-MG X GOIÁS

E você o que acha?

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O que a Globo quer.

Juca Kfouri publicou em seu blog qual é o campeonato brasileiro que a Globo quer:

Turno e returno pontos corrridos - Os três primeiros garantem vaga na libertadores.

Mata-mata entre os oito primeiros para definir o campeão.

Caso o campeão seja um dos três primeiros o quarto colocado fica com a outra vaga da libertadores. Senão, a vaga é do campeão brasileiro.

Eu não concordo e você?

Falador, hein!

Nos últimos dois dias li duas manchetes de sites com frases do zagueiro Rodrigo, do São Paulo.

Ontem:
"O São Paulo tem um elenco melhor que todos os outros times."

Hoje:
"A libertadores não tem graça sem o São Paulo."

Bom ver que o zagueiro está com vontade. Agora quero ver esta vontade refletida em campo, amanhã contra o Atlético-MG. É lá, no gramado, que a "lingua" deve estar afiada.

Acabou

Terminada mais uma eliminatória para a copa. Esta foi especial, pelo menos pra mim. Tive a oportunidade de trabalhar efetivamente em todas as partidas do Brasil. Nós, dos canais ESPN, pudemos transmitir todas as partidas do Brasil que foram fora do país. E foi muito legal conhecer um pouco da nossa América do Sul. Tive a chance de ir a lugares que tenho certeza que não iria pensar em passar férias.

Jamais pensei em ir a Bogotá (muito legal) e a Lima (boa)

Assunção, no Paraguai, eu já sou veterano. Gosto de lá, é meio bagunçado. Buenos Aires também fui algumas vezes e acho que é a cidade mais legal, entre cidades grandes, na América do Sul para ter um passeio de bom nível.

Fora o lado turístico, acho que o resultado das eliminatórias foi o melhor possível.

Brasil em primeiro. OK!

Chile em segundo. Jogou pra isso.

Paraguai em terceiro. Parabéns.

Argentina em quarto. Ótimo, copa sem Argentina não dá!

Uruguai na repescagem, melhor assim. É melhor que o Equador. Muito mais tradição.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Odeio bairristas

Não existe nada mais idiota que bairrismo. Nós convivemos com esta cretinice desde pequenos. Na escola já ouvimos o coleguinha falar que o legal é morar no bairro tal e que onde você mora é uma porcaria.

O bairrismo no Brasil é histórico. Gaúchos não gostam de paulistas que não gostam de nordestinos que não gostam de cariocas que não gostam de paulistas que não gostam de gaúchos que não gostam de nordestinos e assim vai...

Recebemos em nossos programas (ESPN) um monte de mensagens de fãs do esporte que insistem em levar, somente, a questão geográfica como fator de explicação para uma crítica ou opinião. Se algum comentarista fala do Flamengo é porque ele é paulista. Se um outro cita um jornal gaúcho é porque é gaúcho. Ofensas (daquelas que se é na escola tem briga) recebemos aos montes, todos os dias, o dia todo.

Um dos bairrismos mais idiotas que eu conheço é o do paulista contra carioca ou carioca contra paulista. Morei alguns anos na cidade maravilhosa e sofri bastante com isso. Primeiro que era tratado como "paulista" não por Denis. Os mais velhos me chamavam de 'paulista de merda'. Era uma criança na época, devia ter uns 12 anos. Quando vinha para São Paulo, passar férias em família, era a vez de ouvir das pessoas daqui: "E aquela cidade de merda que você mora?" "Cuidado para não ser assaltado!"

Incrível como as pessoas tem o dom de falar das coisas que não conhecem. Sempre que vou ao Rio, amigos falam mal de São Paulo e pergunto: "Conhece São Paulo?" "Já esteve neste lugar que você está falando?". Aqui em São Paulo acontece a mesma coisa. Quantas vezes, em bares da vida, o assunto não vira para o Rio e alguém grita: "Rio de Janeiro é uma merda mesmo, isso só poderia contecer naquela cidade!". Eu nunca hesito e logo vou pra cima: "Conhece o Rio?" "Já teve a oportunidade de andar por Ipanema ou tomar um chopp no Leblon?" Graças a Deus pude, por causa da minha profissão, conhecer muitos lugares mundo afora e consegui formar minha opinião em cima do conhecimento não em conversas de bar ou monólogos de amigos ou parentes cheios de razão. Tive a sorte de ter uma família que nunca teve a cabecinha fraca da média geral da classe média do nosso país. Meus pais sempre me ensinaram a respeitar o próximo e tivemos a ótima oportunidade de morarmos juntos em Recife e no Rio de Janeiro.

Dei esta volta toda para chegar no jornalista Ruy Castro. É incrível como ele insiste em usar os meios de comunicação em que trabalha para disseminar o bairrismo. Nascido em Caratinga, Minas Gerais, carioca por opção - e acho por coração - Ruy Castro é brilhante como escritor e crítico. Li ótimas biografias escritas por ele como a do Garrincha e a do Nelson Rodrigues.

Indico também outros ótimos títulos de Ruy Castro:
Ela é Carioca, Billac Vê Estrelas, Carnaval no Fogo, Carmen: Uma biografia, Chega de Saudade: A história e as histórias da Bossa Nova.

Mas é detestável como ele odeia paulista e São Paulo. Em uma oportunidade, assistindo um material bruto de uma entrevista que fizemos no Rio com alguns personagens importantes - o Ruy era um deles, vi e ouvi ele dizendo: "E agora os paulistas acham que são os maiores do futebol e querem nos enfiar este tal de Elano goela abaixo! Era só o que faltava. Elano na seleção!" Desde aquele dia fiquei com a impressão de que o nobre Ruy era um tanto bairrista. O tempo passou e agora não tenho mais dúvidas que é bairrista.

Outros dois exemplos recentes:

Dia 05 de outubro, coluna no jornal Folha de São Paulo.

De olho nos cariocas
"Neste fim de semana, os jornais explodiram de anúncios de página inteira saudando a escolha do Rio como sede da Olimpíada de 2016, vindos da área dos bancos, cartões de crédito, energia, eletroeletrônicos, incorporadoras, carros, hotéis, shoppings, supermercados, alimentos, bebidas, seguros, planos de saúde, laboratórios médicos, estabelecimentos de ensino, construção civil, telefonia, comunicação e marketing, empresas aéreas etc, etc.A maioria dessas empresas tem sede em São Paulo, opera em São Paulo, emprega milhões de paulistas e paulistanos e investe seus lucros na própria São Paulo. Como os empresários são pessoas práticas e costumam enxergar maior e mais longe do que nós -ou não seriam empresários-, a vitória do Rio foi uma vitória do Brasil, do qual fazem parte. E como fazem. Espírito de porco não é com eles.Será uma sacudida na economia e, de um jeito ou de outro, todos ganharão, do vendedor de amendoim na praia ao empregado de loja e aos tubarões que construirão os hotéis. Indiretamente, a saúde, a educação, a segurança pública e a habitação serão beneficiadas. Dirão vocês que não é nada disso, que a roubalheira vai campear e os recursos públicos irão para os bolsos privados, porque o carioca, vou te contar.A turma tem razão. É preciso fiscalizar de perto os cariocas, e não faltará gente para isto. O problema é que, segundo pesquisa Datafolha em todo o país, veiculada ontem no Mais!, 83% dos brasileiros admitem já ter "cometido alguma prática ilegítima", de sonegar impostos e subornar o fiscal a estacionar em fila dupla e piratear programas de computador.Como já roubei livro em Paris e às vezes compro pente Flamengo no camelô, considero-me parte desses 83% e, por isso, não tenho moral para vigiar ninguém."

Prefiro não comentar!

Outro exemplo eu ouvir hoje, na coluna que ele faz todas as terças-feiras, na rádio BandnewsFM. O âncora Ricardo Boechat fez a abertura e chamou o colunista que começou assim: "Muitos de vocês paulistas devem ter se espantado ao abrir os principais jornais de São Paulo neste final de semana e se depararam com a manchete com o nome do homem mais rico do país. Claro, que vocês devem pensar que é o Antônio Ermírio ou o Olavo Setubal, que já morreu. Mas o homem mais rico do país é o jovem carioca Eike Batista..." e ai meus amigos o colunista ficou um tempão fazendo propaganda do ex-marido da Luma de Oliveira. Parecia que o milionário era candidato a algum cargo público. Ruy Castro fez campanha para Eike: "Ele está envolvido na despoluição da baía de Guanabara. Comprou o Hotel Glória e vai devolver a arquitetura original ao prédio".

Eu já tinha ouvido sobre o Eike e a sua fortuna. Mas foi no TV Fama com o Nelson Rubens. O próprio Boechat, esse sim carioca original, tentou dar um molho a coluna do Ruy dizendo que lembrava do nome do Eike numa coleira que a Luma de Oliveira usava no pescoço.

O que me deixou convicto do bairrismo do colunista/escritor foi o teor da conversa. O tema escolhido por ele para uma coluna semanal.

"Nós cariocas temos o homem mais rico do Brasil, não vocês paulistas!" Ele poderia ter falado assim.

Agora, uma pergunta: E eu com isso?!

Viva o Rio. Viva São Paulo. Viva Minas, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Amazônia, Pará, Piauí, Ceará, Maranhão, Rio Grande do Norte, Sergipe, Alagoas, Bahia, Espirito Santo, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Distrito Federal, Paraíba, Rondônia, Acre, Amapá e Roraima. Enfim, viva o Brasil que é maior que o sentimento estúpido e cretino de qualquer um que tenha atitude bairrista que no fundo é racista!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Deu certo!

Galera, consegui!

Hoje fiz minha primeira prova oficial. Foram 5km em volta do Campo de Marte em São Paulo. Achei que não ia dar. Não por não estar preparado mas é que estou com uma baita gripe, dormi mal porque sai tarde ontem da TV (teve jogo do Brasil).

Mas foi bem legal. Nunca me imaginei cercado de gente para uma largada de uma corrida! Logo eu que sempre esculhambei as atividades físicas. O que pegou mais foi o calor. Esta é a diferença para a esteira ou para o treino noturno. O sol brilha na sua testa e com gripe fica bem puxado.

43 minutos e 56 segundos. Vamos guardar este tempo. Foi o primeiro oficial.